quarta-feira, 7 de abril de 2010

Enquanto como um pastel de nata que me deram
(e que gostoso que ele é)
e tento fintar o sono mais uns minutos
(hoje sou eu que não quero dormir, hein?, não quero, não quero fechar isto)
e acendo o último cigarro, com cuidado para não deixar o teu lenço a cheirar a fumo, que prefiro que cheire a ti, que prefiro que te chegue como mo emprestaste, como estava quando o enrolaste à volta do meu pescoço,
(estou a fungar. quer dizer que isto falhou? de manhã vamos saber. smile com aquela cara apreensiva)
e que quentinho que ele é,
enquanto faço isto tudo não posso deixar de ler e reler, pensar e repensar, lembrar e relembrar, duvidar e duvidar,

um arrepio. é de cansaço. não é de constipado. é de cansaço, que hoje corri na praia, corri para casa, corri para a cidade, caminhei que me fartei, estive em pé que me cansei. é de cansaço. um arrepio ou um estremeção?

enquanto como o segundo pastel de nata que me deram
(são quatro e podem estragar-se)
chego apenas a uma meia conclusão. e vou precisar da tua ajuda.

isto faz algum sentido?

2 comentários:

Anónimo disse...

quem dera conseguir escrever da maneira crua e honesta como o fazes.... quase, quase me convences a tentar...

mariana disse...

é terrível, mas faz. ao menos isso:)