segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pedroso, o maratonista
“Se tiver a confiança dos almadenses, os oito anos que vêm da minha vida serão dedicados a pôr Almada no futuro”, disse Paulo Pedroso na apresentação oficial da sua candidatura à câmara de Almada, o bastião comunista da margem Sul do Tejo.

Faz sentido. Os primeiros quatro como vereador, os outros quatro como presidente da câmara. A corrida de Paulo Pedroso a Almada é uma corrida de fundo, para preparar as eleições de 2013, às quais Maria Emília de Sousa já não pode concorrer.

É “o maior desafio político da minha vida”, diz, e disso não há dúvidas. Está em causa o renascimento de Pedroso para a política, depois da Casa Pia. E o programa, no que toca à “reconquista do rio e do mar”, condiz com o slogan do primeiro cartaz: “terminar a obra que ninguém começou”. Assim de repente só me lembro do Ginjal, da Margueira/Lisnave e da Costa da Caparica que, carecendo de intervenção, recuperação e aproveitamento — é um facto —, me parecem demasiado óbvias fatias de um bolo de cimento que ansiosamente se quer comer. Gulosos.

A oficialização da candidatura, na Incrível Almadense — os 800 e tal lugares da Academia seriam demais e suspeito que o PCP nunca lhe arrendaria o espaço —, teve direito à dramática banda sonora do filme “África Minha”, muita pompa e circunstância, contra as difamações do processo Casa Pia; teve o apoio dos notáveis do partido, Soares em vídeo, Vera Jardim em pessoa, um leque de secretários de Estado e até a eurodeputada-em-tempos-desalinhada Ana Gomes; e o financiamento de Jorge Coelho (?), que afinal não esteve presente (Ferro Rodrigues também não apareceu, porquê?). O empenho do PS em ganhar Almada em 2013 é muito sério. E o peso de Pedroso no partido também.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gingal? Só pode ser gralha, porque influência do Gin não é, de certeza!

Depois, apaga isto.

Um abraço.

JPC disse...

É que foi mesmo do gin :)