segunda-feira, 21 de abril de 2008

Podia ser doutra maneira. Doutra maneira? Doutra maneira! Doutra maneira...
Apaixonei-me por ti e pelo teu casaco vermelho. Até porque a farmácia de serviço tinha ser aquela ao lado de tua casa, onde também está sempre aquele Mercedes desportivo clássico estacionado. Ainda bem que o “sérvio” chegou rouco a Lisboa e não tínhamos jantado ainda. Como noutros dias.

Não é que não queira escrever. Apenas entre as últimas semanas não sei bem onde tenho andado e parece-me cada vez mais que, não estando seco, não consigo é dar forma a seja o que for e falta-me sempre uma música. Ou então não consigo é fazer o filme. Onde ponho a terceira rosa?

Já nem me desculpo com o tempo. Nos últimos dias tenho recordado tanta gente, caramba. E a notícia da partida da mulher dele, a mulher que o fez vir para Portugal há mais de 40 anos e acabou fazendo com que nos cruzássemos, abalou-me pelo estrago que lhe causou — preciso dar-lhe um abraço e agradecer-lhe. É preciso agradecer.

Que saudades. E daqueles que estão no mesmo fuso horário.

Entre certezas e dúvidas. Entre as horas e o sol em dias de aguaceiro.

O teu casaco vermelho. Mas nem tudo resulta como num sintetizador.

Sem comentários: