terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Fosse como fosse
Aniceto era taxativo: «eu sei onde é que está o “Big” Laden, hã? Eu sei, porque eu estive lá…». Era possível. Afinal, aos 60 anos de idade Aniceto já tinha viajado por 43 países diferentes. E estudos? Nenhuns. E para quê?

Alheios a tudo aquilo, ou não tanto, Leonel e Pedro continuavam jantando, bebendo aquele tinto e falando de amor, de trabalho, de coisas, e de amor — acabavam sempre lá. É que Leonel estava apaixonado e isso via-se nos seus olhos azuis, que desde há cinco dias tinham um brilho que, não sendo diferente, era maior e mais… bonito? Fosse como fosse.

Terminando o resto do café de um gole, Pedro encaixou a cigarrilha bem entre o início dos dedos, pegou no telefone e escreveu: «Perdoa-me dizer-te isto, mas hoje estavas tão bonita que me apeteceu passar-te a mão no rosto, ajeitar-te o cabelo e beijar-te a bochecha». Chegando à mesa com a conta paga e a factura na mão, Leonel perguntou: «então, que fazes?». «Asneiras», respondeu Pedro. «Acabei de pedir perdão».

5 comentários:

Anónimo disse...

Hmmm....

J.B. disse...

Pois é, o Leonel! Aqueles olhos azuis!!! Aquela mensagem!! Aquele perdão!? Aqueles amores....


Espero que tenhas gostado do CD.

Anónimo disse...

ela, achas que corou?
Quando e que me escreves um principio de uma historia para eu continuar?...

Anónimo disse...

e por estas e por outras que adoro ler os teus escritos... ja tinha saudades de me orgulhar de ti (apesar de andar sempre orgulhosa)

grande beijo amigo do peito!

ps - ja sabes que o mau portugues nao e culpa minha...TECLADO HUNGARO NAO E MELHOR QUE TECLADO CHECO!

Anónimo disse...

Se "ela" fosse a M. Eça de certeza que teria corado... Enfim, deve ter corado.

E o Leonel(?), saiu-te um poeta de mão cheia. Grande Senhor!