Era Saddam
Mas podia ter sido o Apolinário, que dorme ali na Almirante Reis
Encontraram Saddam Hussein. Estava num buraco exíguo e sujo, com uma mala de dólares americanos e uma pistola. O cabelo desgrenhado e a barba longa espelhavam a organização, a força da nação e exército iraquianos. E sobretudo o infindável arsenal de armas de destruição de massa – esparguete, rosquinhas ou cuscus. Não se viu? Temível!
No dia seguinte, a imagem do sem-abrigo Saddam correu o mundo, estampada em capas de jornal e acompanhada de uns garrafais “Apanhámo-lo” ou coisa do género. Por cá não foi muito diferente. Contudo, destaco a sobriedade da capa do Público, envolvendo a imagem do barbudo numa imensa moldura negra, podendo ler-se “capturado” – já o interior, era merda daquela de cagalhão enorme de Rotweiller com desinteria, esculpida pela sabedoria do editorial de José Manuel Fernandes; o Diário de Notícias optou por uma pequena e antiga fotografia de Saddam fardado, remetida para um canto – o conteúdo, não o li, portanto, mea culpa.
O que eu dava para poder ter estado em ambas as reuniões de fecho…
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