O Pudim foi ao congresso do PS
Aceitam-se apostas: quem é o primeiro a ir para Bruxelas? Vai saber-se no telejornal.
Entre os desconhecidos, durante a tarde discursaram as caras conhecidas do PS, ministros e ex-ministros, deputados e outros que tais. Os anónimos primeiro, aqueles que agradecem as auto-estradas construídas no seu concelho, e os conhecidos na contagem decrescente do telejornal, mas todos em uníssono: o partido está, realmente, unido.
A destoar, apenas um delegado. Foi ao palco dizer que não é normal um cão querer acasalar com outro cão ou “um galo com outro galo”. Foi claro: “não contem comigo” para “destruir a família, a base da sociedade”, e garantiu que foi apenas dar voz ao que muitos militantes pensam, mas não dizem, acerca da proposta de Sócrates para levar à discussão o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ouviram-se alguns tímidos apupos e a intervenção terminou com relativo silêncio na sala.
Mais de oito horas depois de abertos os trabalhos ainda não há um cabeça de lista para as eleições europeias, as primeiras de três a disputar este ano — e não falta muito, aliás, para terminar o prazo em que o Presidente da República pode decidir juntar às europeias alguma outra eleição.
Nos bastidores, isto é, na bancada da imprensa, fala-se de Ferro Rodrigues, António Vitorino e há até quem atire com Freitas do Amaral. Lá em baixo, na sala, onde estão as centenas de delegados, os jornalistas não podem entrar. Só se chega perto dos militantes socialistas à entrada do pavilhão quando eles saem — e se saírem pela porta da frente — para uma pausa para cigarro.
À falta do Tino de Rãs, houve um açoreano que cantou uma canção.
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