Pernicioso exercício dedutivo, ao bom estilo de “penso, logo existo”, feito a lápis e entre um café e um cigarro
Se a realidade de Mil Novecentos e Oitenta e Quatro corresponde a uma “patologia da normalidade”; se a religião é o instrumento último para a procura da felicidade; se não tendo acesso à religião, as gentes de Mil Novecentos e Oitenta e Quatro eram infelizes, porque “patologicamente normais”; se a Igreja Católica não é uma instituição democrática mas sim uma hierarquia fechada – «há os que mandam e os que obedecem», esclarecem-me católicos praticantes convictos – na qual não há espaço para dúvidas ou questões, porque somente pregando uma verdade e uma certeza é que se pode conservar fiéis seguros e crentes – um clérigo não pode confundir um cristão com mensagens dúbias, mostrando, num momento, o caminho e levantando duvidas à doutrina, noutro; então a Igreja Católica prega uma “patologia da normalidade”; e fá-lo no seu seio e igualmente no seu rebanho.
Se a “patologia da normalidade”, como Fromm a teorizou, é nefasta; não menos perniciosa é aquela praticada pela Igreja Católica.
Acordem, senhores! - apetece dizer.
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