terça-feira, 1 de março de 2005

Crónicas de tasca, parte I
O país virou à esquerda
«Estou na primeira fila para assistir à salvação do país», disse-me um amigo descontente com a viragem à esquerda que as últimas eleições legislativas expressaram. Muito se diz que o voto foi de protesto contra uma determinada direita, que mais propriamente de vontade de esquerda. Seja como for, não é isso que me ocupa. Porque qualquer que seja a orientação política do Governo, nada de substancial mudará no país.

Creio que o problema de Portugal, deste Portugal de que todos nos queixamos, ricos e pobres, comunistas e democrata-cristãos, que a raiz do problema está nas pessoas, na sociedade portuguesa, como se apresenta culturalmente, transversalmente a todos os sectores. O problema está nos empresários, nos assalariados, nos governantes, nos gestores públicos, no sistema fiscal e por aí fora. A imprensa dos últimos dias, em referências que não importa precisar (fá-lo-ei às que me lembrar), foi rica em exemplos dessa mesma crise individual, que por força se torna colectiva.


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Partindo do que acima está escrito, durante os próximos dias publicarei as minhas opiniões e pensamentos recentes sobre o Portugal actual.
O texto foi escrito no dia 28 de Fevereiro mas será publicado em partes, pela sua extensão. Assim, pode dar-se o caso de alguns dos exemplos utilizados estarem desactualizados.
A rubrica "Crónicas de tasca" e o link 'A Tasca' não têm qualquer relação.

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