quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Eles é a indústria da noite, os processos, as penhoras...
E muito mais?

Noticiou o DN que os bens do gabinete do reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) vão ser penhorados. A acção foi decidida pelo Tribunal do Trabalho, em resolução de um processo levantado por uma professora da instituição, que deliberou o pagamento de uma indemnização no valor de 100 mil euros a seu favor. Ao que parece, a UCP não cumpriu com o contrato que tinha com Maria José Craveiro, passando a pagar-lhe à hora e acabando por despedi-la sem justa causa, depois de ela ter começado a sua tese de doutoramento.

A notícia original está aqui e mereceu uma chamada na primeira página na edição daquele dia do DN. O Público e o Diário Digital, tanto quanto sei, noticiaram posteriormente, porém sem acrescentar dados novos. O Público, de que é director José Manuel Fernandes - que também colabora/lecciona na UCP -, refere o assunto apenas na sua edição on-line "Última-Hora". [Um aparte: responderá isto à sua questão, Professor?]

Mas pela (minha) blogosfera fora, também se escreveu sobre o assunto, nomeadamente no Barnabé.

Ainda no Barnabé se pode ler, mais abaixo, o seguinte:
«Que seria de nós, na verdade, sem os professores da Católica? O negócio é o seguinte: nós contribuímos generosamente para uma instituição que cobra caro pelos seus serviços, foi e continua a ser protegida da concorrência. Em troca, recebemos uns cromos inestimáveis como Braga da Cruz, Mário Pinto ou César das Neves.»

Voltando ao texto publicado pelo DN, cito o seguinte:
«Ao que o DN apurou, existe algum mal-estar entre alguns docentes (...). Motivo de críticas também tem sido o facto de o director da Faculdade de Ciência Humanas, Mário Pinto, ser simultaneamente presidente do Conselho Científico sem que detenha os graus de mestre ou de doutor, contaram ao DN vários docentes.»

Eu apenas digo: interessante e investigável, o comportamento da UCP – nas suas variadas vertentes.

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