As coisas que se dizem no escuro
E as outras que se fazem e não se conseguem esconder. Também, pouco importa. Nem tudo deve ter a solenidade do momento em que se ouve Dinah Washington, Etta James ou Ella Fitzgerald, e já estou a deixar de fora outras grandes pretas, pretas com vozes enormes. Para se ter uma voz daquelas tem de se ser preta e isto deve estar escrito algures nos desígnios do universo, ponto. Porque há coisas que estão e outras que não. E quanto a isso, batatas. Mesmo que chateie o mesmo ou mais do que apanhar com uma batata na cabeça, assim como que caída da macieira do Newton ao fim da tarde de um domingo em que fôramos ler para o parque. Acontece que os galos passam com gelo e nem é garantido que os miminhos, como aqueles que logo damos às crianças “fez doi-doi, cá beijinho”, acelerem seja o que for na cura do hematoma — gelo para a epiderme, derme e endoderme, e para a cabeça fria. Porque, graças a alguma coisa, a cabeça pode arrefecer-se. O resto... É seguir sorrindo. Que foi o que fizemos todos.
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