Gentlemen, start your engines
Esta posta foi re-postada, porque desfigurou o Pudim, não se sabe porquê. As desculpas a quem tinha comentado. E já agora, a canção é Loving Wings, antiguinha, dificilmente a ouviremos na sexta...
domingo, 20 de maio de 2007
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Postcards from Italy
Não percebo o que dizes e ainda menos o que deixas por dizer. Como quando a bola passa mesmo a milímetros da raquete e nós vamos esticadinhos para a frente como quem corta uma meta e a derrapar no pó de tijolo, de sorriso na cara e depois: «sacaninha…» Ou então sou eu que faço o filme. Porque há filmes que consigo fazer e são muito fáceis. Com charriot e travellings.
Como quando o Jorge me veio buscar, sem me conhecer, porque era tarde e eu não tinha como chegar — eu era apenas um nome perto da bomba de gasolina e o teu desejo naquela noite. Entrei no carro sem saber sequer para onde ia e ele estava drogadíssimo, aceleradíssimo, felicíssimo, como quem satisfaz um desejo de morangos com chantili a altas horas da noite a uma mulher, à nossa mulher, grávida. Foi o delírio, para todos. E nunca tinha descido aquela calçada sem travões, só para sentir como era.
Sete anos depois, continuo a voltar lá. Não há um sítio melhor em toda a cidade. E não só não travo como também desengato o carro nas subidas e nas descidas, só para sentir como é — pleno, como a orquestra em Berlim, sabes? Sabes, ou não me teria desfeito em lágrimas, com e sem motivos de jeito.
É que nunca recebi um postal de Itália.
Não percebo o que dizes e ainda menos o que deixas por dizer. Como quando a bola passa mesmo a milímetros da raquete e nós vamos esticadinhos para a frente como quem corta uma meta e a derrapar no pó de tijolo, de sorriso na cara e depois: «sacaninha…» Ou então sou eu que faço o filme. Porque há filmes que consigo fazer e são muito fáceis. Com charriot e travellings.
Como quando o Jorge me veio buscar, sem me conhecer, porque era tarde e eu não tinha como chegar — eu era apenas um nome perto da bomba de gasolina e o teu desejo naquela noite. Entrei no carro sem saber sequer para onde ia e ele estava drogadíssimo, aceleradíssimo, felicíssimo, como quem satisfaz um desejo de morangos com chantili a altas horas da noite a uma mulher, à nossa mulher, grávida. Foi o delírio, para todos. E nunca tinha descido aquela calçada sem travões, só para sentir como era.
Sete anos depois, continuo a voltar lá. Não há um sítio melhor em toda a cidade. E não só não travo como também desengato o carro nas subidas e nas descidas, só para sentir como é — pleno, como a orquestra em Berlim, sabes? Sabes, ou não me teria desfeito em lágrimas, com e sem motivos de jeito.
É que nunca recebi um postal de Itália.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
domingo, 13 de maio de 2007
The question concerning itch
- Tenho comichão no coração. Consigo lembrar-me de duas possíveis razões para isso. Ou é do mini-escaldão que apanhei na praia no outro dia; ou é porque tenho mesmo comichão no coração. Porque é que me apetece coçar o coração? Porque alguma coisa lhe faz, me faz, cócegas. Consigo lembrar-me de duas possíveis razões para isso. Ou é da pele seca que quer saltar, por causa do mini-escaldão que apanhei na praia no outro dia; ou é por tua causa.
- Por minha causa?
- Consigo lembrar-me de duas possíveis razões para isso. Ou é porque te ouvi, um dia; ou é porque te conheci, noutro.
- Hã?
A partir de “The question concerning technology”, de M. Heidegger; e de “Ascent”, de B. Sassetti.
- Tenho comichão no coração. Consigo lembrar-me de duas possíveis razões para isso. Ou é do mini-escaldão que apanhei na praia no outro dia; ou é porque tenho mesmo comichão no coração. Porque é que me apetece coçar o coração? Porque alguma coisa lhe faz, me faz, cócegas. Consigo lembrar-me de duas possíveis razões para isso. Ou é da pele seca que quer saltar, por causa do mini-escaldão que apanhei na praia no outro dia; ou é por tua causa.
- Por minha causa?
- Consigo lembrar-me de duas possíveis razões para isso. Ou é porque te ouvi, um dia; ou é porque te conheci, noutro.
- Hã?
A partir de “The question concerning technology”, de M. Heidegger; e de “Ascent”, de B. Sassetti.
sexta-feira, 11 de maio de 2007
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